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sábado, 16 de abril de 2011

Eu existo.

Retorno de um jantar. Que deveria ter sido um desses bem românticos. Ou daquele outros onde a alimentação é só uma degustação educada para dizer que hoje terá sexo, em uma forma super elegante óbvio. Acontece que sempre tenho o talento de transformar as intenções em avessos. Ao invés de sexo, dei um chá de crise existencial.

Disse-me que era jovem demais para ter alguns sintomas de insegurança. Insegurança segundo ele é um papel oficial de gente velha. Jovens como eu são impulsivos, curiosos, otimistas em suas loucuras. 

O fato de ser chefe, comandar uma equipe com cinco meninos inteligentes e fodas pra caralho, bater minhas metas, vender serviços da minha agência que nem vende-se água. Não quer dizer que sou uma mulher maravilha como dos filmes, super resolvida. porra. Fazer o que? Eu sei vender. Embora odeie intensamente. Não tenho culpa se as pessoas acreditam em mim, confiam em mim. Esse é o problema. Há um depósito de um confiança em cima de uma imagem projetada por mim. Não sou assim, forte o quanto pareço. 

É óbvio que será muito mais interessante praticar sexo um uma super mulher de negócios. Acabo de perceber que o meu eu mesmo não é tão sensual quanto a do meu cartão de visita. Isso é triste. Não pelo fato de ser sensual, isso pouco me importa. É que você não vê amor, que não posso comprometer com você, desse jeito que me olhas. Sou pequena demais para todas as suas grandes ambições. Não pode se falar em amor, quando este é dedicada a uma mulher que não existe. Olhe para mim, e veja a menina mansa, medrosa, e cheia de mimos que sou todos os dias.


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