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sábado, 28 de maio de 2011

Para você.

Você diz querer o que
eu gosto
como as minhas coisas
meu quarto
meu quanto

tem tudo um toque meu
você quer
você diz
que quer tudo o que vem de mim

quer um amor
desse meu
que um dia
ah... um dia sim eu te dei

você teve o meu amor
infantil
bobo
cuidadoso

você enfiou esse amor debaixo de um tênis
agora quer de volta
essa tal coisa de sentir saudade do que é meu
já deu no saco

já acabou.

Eu não sou de ninguém.

Eu não sou sua
eu sou de tão longe
passo aqui
entre esses seus dedos de fotografia.

belas fotografias
não falo a sua língua
não sou sua
é só uma passagem.

E ainda carrego um coração
tão obsoleto
e tosquinho
você parece ser um cara ousado para mim.

Foi só uma transa
pois não resisti
É verdade o que eu te disse, estou aqui de passagem
e não pretendo ser de ninguém.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Te quis.

Há uma ressaca interna em mim, não foi álcool. Aqui é madrugada, e uma dor no meu fígado, tipo um calafrio, chora ranzinzo baixinho, baixinho. Meus músculos estão tensos e duro. Escrevo aqui sobre as telas desse computador tão caro, que me rendeu muitos trabalhos. Meus olhos ardem, resquícios de um choro muito intenso. Meu Deus, como que vou encarar o dia amanhã. Esse meu corpo, toda a minha matéria já não é mais seu. Pior ainda, é você não ser mais meu. Ontem éramos um do outro. Eu te quis tanto, agora já nem sei...

sábado, 16 de abril de 2011

Eu existo.

Retorno de um jantar. Que deveria ter sido um desses bem românticos. Ou daquele outros onde a alimentação é só uma degustação educada para dizer que hoje terá sexo, em uma forma super elegante óbvio. Acontece que sempre tenho o talento de transformar as intenções em avessos. Ao invés de sexo, dei um chá de crise existencial.

Disse-me que era jovem demais para ter alguns sintomas de insegurança. Insegurança segundo ele é um papel oficial de gente velha. Jovens como eu são impulsivos, curiosos, otimistas em suas loucuras. 

O fato de ser chefe, comandar uma equipe com cinco meninos inteligentes e fodas pra caralho, bater minhas metas, vender serviços da minha agência que nem vende-se água. Não quer dizer que sou uma mulher maravilha como dos filmes, super resolvida. porra. Fazer o que? Eu sei vender. Embora odeie intensamente. Não tenho culpa se as pessoas acreditam em mim, confiam em mim. Esse é o problema. Há um depósito de um confiança em cima de uma imagem projetada por mim. Não sou assim, forte o quanto pareço. 

É óbvio que será muito mais interessante praticar sexo um uma super mulher de negócios. Acabo de perceber que o meu eu mesmo não é tão sensual quanto a do meu cartão de visita. Isso é triste. Não pelo fato de ser sensual, isso pouco me importa. É que você não vê amor, que não posso comprometer com você, desse jeito que me olhas. Sou pequena demais para todas as suas grandes ambições. Não pode se falar em amor, quando este é dedicada a uma mulher que não existe. Olhe para mim, e veja a menina mansa, medrosa, e cheia de mimos que sou todos os dias.


terça-feira, 29 de março de 2011

Sem julgamentos, please.

Não quero comprometer a você
nenhuma continuidade futura

não acredito em relações duradouras
não para mim

é que eu não presto
foi o que descobri.

domingo, 27 de março de 2011

Deixe-me rir, essa história não é sua.

Hung!

Acabo de perceber que odeio empates. Há sempre uma insatisfação cruel na vida que me empurra agressivamente para frente, é um querer mais tosquinho, eu gosto disso, gosto de olhar para trás e ver que escolhi meu caminho e encontrando-me aqui, meio arranhado, abatido, mas sempre forte e atento. 

Ainda não consigo compreender os homens, já as mulheres são mais fáceis, tendo em vista que as iniciativas partem sempre todas de mim. Não consigo deixar para o outro aquilo que deve ser feito, deve ser por isso que sempre acabo tendo todas as funções masculinas em meus relacionamentos, deve ser também por isso que por tantas vezes já me questionei sobre a minha sexualidade, e de fato depois de muitas pesquisas pude descobrir que não, de fato eu não sou gay.

Acredito que há uma personalidade em mim que seduza homens complicados e bons de cama. Puta que pariu. Hoje estou livre, já não estou presa ao meu antigo amor que consumia toda a minha beleza. Não existe mais nenhuma possibilidade entre nos novamente. Ainda bem que essa mudança não foi brutal, não lido muito bem com mudanças, devo agradecer a ele por todo passo a passo em relação ao nosso fim. Agora estou descobrindo um mundo todo novo, e que todo meu lado tão segura e controladora, estão perdidos em meio de tantas novidade desses outros homens confusos e gostosos que beijam-me a boca na maioria das vezes bêbada, e depois não há uma continuidade, e mesmo que as tivesse, talvez não seria bem o que teria em mente. Não sei bem onde estou e nem para onde vou, só sei que tem um bando de gente nova e interessante, quero muito de tudo, gole por gole, todo mundo já sabe que a intensidade sempre foi minha grande questão. Acabo de me jogar de onde jamais tinha caido, peço-lhes que me desejem bons pulos, e deixem-me rir, já que essa história é toda minha.




sábado, 12 de março de 2011

Vingança boa

Eu foderia com você
sexo por sexo.

E elas voltam aos seus antigos maridos errados apenas para sofrerem ainda mais.


Caso 1

Clarisse e Eduardo haviam se separado a cerca de um ano, mas neste período o máximo que ficaram sem se falar foram três intermináveis dias (para ela), mas já no quarto o procurou e fez questão de matar a saudade em sexo e promessas de amor. Daí juraram um novo recomeço. Sentia profundamente que desta vez daria certo, sabia que o amava tanto, embora ainda lembrava de algumas crises do passado que a fizeram sofrer demais. (puta que pariu, ela lembra quanto sofreu). Pois então. Comprou vinho taças novas, roupas bonitas, usou seu perfume mais caro, escovou os cabelos, e sentia no fundo aquele sintomazinhos de paixonites iniciantes. Era carnaval e isso ainda promovia ela em acreditar que ele a queria novamente, como mulher, jurou amor e verdade em pleno carnaval.

Clarisse não era uma mulher assim tão puritana, do signo de touro com ascendente em aquário. Adora novidades mais prefere sempre as raízes presas com muito firmeza sob o chão. As vezes rígida, forte, outras vezes, quando não tinha preguiça, muito louca e devassa. Estava tudo em paz quando pegou uma, duas, três e quatro mentiras de Eduardo. Putz, Clarisse grita, manda, quebra copos, deseja que o inferno desabe sobre ele, soca-lhe o olho com vontade, jura vingança, e dentro de sí, rasga-se toda em chamas, lágrima em lágrima, fígado, costelas, peitos, coração, pulmão, garganta... tudo desiludido.

Ao chegar em sua casa, jura nunca mais vê-lo, senti-se injustiçada, traída, desacreditada. Apaga todos os locais onde suas presença poderá subir por uma maldita plaquinha virtual. Procura papéis, compõe músicas ruins, poesias idiotas e muda de planos. Foca em sua vida, que é para nunca mais se sentir assim. Numa pura tristeza, cheia de ilusões.

terça-feira, 8 de março de 2011

Só o tempo.

Estou com uma dor de dentro para dentro
Há um terremoto interno
Causando-me muita tristeza
Que nem chorando passa.

O amor morre.

(poema de uma madrugada muito triste)


O amor finalmente acaba
depois de várias tentativas

O amor acredita,
e "desacredita"
mas mesmo assim continua otimista

Sofrido, abatido, cansado e "descrente"
O amor perdoa e não perdoa
por isso um dia morre

É tão dolorido
Essa correnteza dentro de si
Uma morte não indesejada

Uma vida interrompida
Escorre dentre os dedos
O amor não pode ser só de um

O amor morre,
Daí logo logo reencarna em outro corpo desconhecido
Esperando ser desta vez sem dor.

O amor quer ser feliz,
mas não depende só de si.

domingo, 6 de março de 2011

Ela faz cinema, ela é a tal.

Era ela.
Parada ali em frente aos sapatos. Pude reconhecê-la de costas, após 5 anos sem vê-la. A mesma postura, as mesmas canelas, pernas finas e ombros bonitos. Fiquei de olhos bem abertos, parado, apenas observando-a e esperando o bendito momento no qual ela iria virar e dar de cara comigo. Preparei meu olhar fixo, saudoso, louco. Aquela virada levou milhares de horas, eu pude ver aqueles olhos azuis novamente, o nariz, a boca, a voz, o sorriso, o abraço, uma saudade mal matada

Foi quando virei distraído e ela sumiu, de novo. Ficou apenas um abraço, juro que sincero. Preciso encontrá-la novamente, e desculpar-me por todo o meu egoísmo do passado. 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Natacha e seus 21 anos.

Quase não dormiu. Tinha medo de não acordar e não poder honrar com seus compromissos. Havia uma vômito no seu pulmão, fígado e estômago. Tipo pelo de gato embrulhado dentro de si. Suas mãos um cheiro de sexo. De um alguém que nem sabia o nome. Foram tantos nomes e um mais corajoso que apertou-lhe seus seios lindos e beijo-os. Daí procuram-se quartos. Todos ocupados de sexo. Transou mesmo assim. 

Foi em uma cama que sentiu a maior dor do mundo, de dentro de um peito sofrido, machucado e também taurino. Chorou um choro como desses que realmente fosse sangue de seu próprio coração. Era esse um choro preso, há mais de um ano. Esse choro se derreteu todo, pedra por pedra. Sentiu a perda e uma saudade de um amor agora intocável, costurado por lembranças. Acha que foi a primeira vez que realmente entendeu do realmente se tratava saudade. Chorou, chorou, mas quis viver, mesmo assim.

Aplausos.


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Entre nos.

Estranho é pensar em um amor desgastado, machucado e cheio de mágoas. Você sabe, que ama, que pensa em um recomeço, mais não dá. Sempre fui forte e dominei tudo na minha vida. Desde as escolhas, todas feitas por mim. Sou quem sempre quis ser. É claro que sempre desejo mais, mais tempo, quero ser mais coisas, mais qualidade e habilidades. Já pensei na possibilidade de ser tudo culpa de um sexo bom. Sim, ele faz como eu gosto. Eu adoro. Mas não é só sexo. Eu quero esse cara. Como sempre o quis desde a primeira noite de vinho que transamos, nossa, foi tudo rápido demais para o eterno. Daí coloco em peso, os pós e contras. Maldita balança que fica equilibrada. Esse te quero não é racional. Adoraria um novo começo. Mas nem eu e você esquecemos dos traumas. Feridas e espadas. No coração, no fígado, na alma. Mas ainda não consigo dar adeus. Eu te puxo e você me segura. Acaba tudo em três trepadas numa madrugada. Depois brigas e mais brigas, pior de tudo é que a gente nunca se larga.